quinta-feira, 14 de julho de 2011

Casamento principío da harmonia(1)

ainda não esclarecidas adequadamente, a gente simplesmente se apaixona. Daí opostos se atraírem.

A Editora Mundo Cristão, se não me engano, lançou um livrinho na década de 80 intitulado "Os opostos se atraem". Na verdade a tradução literal do título em inglês, "Quando os opostos se atraem", expressaria melhor a intenção desigual Dois textos bíblicos são usados pelos que são radicalmente contrários ao "jugo ": o de Amós (3.3) que pergunta se andarão dois juntos se não estiverem de acordo e o de Paulo (II Cor. 6.14) que fala da incompatibilidade de comunhão entre luz e trevas.

Ambos, conquanto no contexto em que são mencionados não se refiram especificamente à questão do casamento, são os que fornecem mais claramente o princípio a ser buscado por aqueles que almejam casar-se: a harmonia.

Os líderes religiosos judeus sempre foram exclusivistas e consideravam o casamento misto - judeu com não judeu - como condenado por Deus (Esdras 10.10-11). Porém, na prática isso sempre foi uma tremenda dor de cabeça, pois, dos reis até o mais ilustre desconhecido, geralmente a orientação não era seguida.

No inicio do cristianismo, quando o movimento era pequeno, os contornos doutrinários da fé mais nítidos e tornar-se cristão resultava em fortes atritos políticos, identificar quem era cristão era mais fácil. Porém, com o crescimento do movimento, a institucionalização da igreja, a diversificação de correntes doutrinárias, teológicas e ideológicas dentro do cristianismo e o fortalecimento cultural da individualidade em detrimento da comunidade, torna-se cada dia mais difícil definir quem é ou não cristão.

Assim, o reconhecimento da presença de "luz e trevas" dentro de uma mesma igreja local, bem ao estilo do que Jesus alertou sobre trigo e joio (Mt. 13.24-30) é crescente em nossos dias. Isso implica que, haver casamento misto entre dois batistas, dois pentecostais, dois presbiterianos, dois "sem nome", enfim, é uma probabilidade indiscutível.

Diante disso, nem mesmo o fato de duas pessoas serem da mesma igreja, denominação, corrente teológica ou segmento cristão seria, por si só, garantia de sucesso na relação.

Creio que o princípio que os dois textos ¿ de Amós e Paulo - apontam é o da harmonia. Quanto maior harmonia de sentimentos, pensamentos, ideais, enfim, houver entre um casal, maiores as probabilidades de serem felizes.

A questão é que ninguém, antes de se apaixonar, faz análise "matemática" do outro. Se fosse assim a vida seria chata. Por razões do autor. Conforme se percebe no texto, a intenção foi apontar caminhos para uma convivência saudável, quando opostos se atraem.
Autor Pr Edvar Gimenes de Oliveira

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